Vírus consegue capturar informações de PIX e criminosos aplicam golpes em usuários
Vírus consegue capturar informações de PIX e criminosos aplicam golpes em usuários
De acordo com a ThreatFabric, uma empresa especializada em proteção de dados, mais de dez instituições financeiras locais foram afetadas pelo vírus BrasDex no final do ano passado.
Muitos usuários do sistema bancário brasileiro relataram, por meio das redes sociais, terem experimentado algo incomum ao realizar transferências usando o Pix. Eles foram vítimas de um vírus que interceptou as transferências e modificou o valor e o destinatário, resultando em perdas financeiras.
Aproximadamente mil golpes foram aplicados em correntistas do Nubank, Inter, Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica. A armadilha usou a tecnologia de captura de tela para permitir que os infratores virtuais identificassem elementos da tela e as informações inseridas, obtendo acesso aos saldos e credenciais dos usuários.
O Vírus se propaga por meio de e-mails, mensagens do WhatsApp, sites obscuros que incentivam a instalação de aplicativos e SMS de phishing. O golpe só é descoberto após a efetivação da transferência e a geração do recibo, quando a pessoa percebe que o dinheiro foi direcionado a alguém desconhecido, geralmente um laranja.
Conforme Orientação do Dr. Luciano Oliveira, Advogado especialista no assunto, se você foi vítima de um golpe no PIX, a primeira atitude a ser tomada é entrar em contato imediatamente com o banco ou instituição financeira utilizada para tentar bloquear a transação ou recuperar o valor transferido.
O advogado acrescenta que, para fazer uma solicitação de bloqueio preventivo, é necessário entrar em contato com o banco em até trinta minutos, se a fraude ocorreu durante o dia, e uma hora se ocorreu durante a noite após a realização do PIX. Dessa forma, ambas as partes serão notificadas sobre um possível golpe e o dinheiro ficará retido por até 72 horas. Durante esse período, o banco avalia e mantém a retenção do dinheiro em casos de suspeita de fraude.
Segundo informações do Banco Central, as próprias instituições que oferecem o serviço de PIX aos seus clientes são responsáveis por fraudes ocorridas em casos de falhas em seu sistema de gerenciamento de riscos.
No entanto, nem todas as vítimas conseguem reaver o dinheiro perdido em casos de golpe. Nesses casos, é recomendável buscar ajuda do Poder Judiciário ou do Procon.
Por fim, é importante notificar a instituição financeira da qual o golpista é cliente para evitar novos golpes e registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima.
Fonte: https://www.interjus.com.br